Em Recife, Edinho Silva destaca desafios históricos e defende reconstrução popular do PT
3 de junho de 2025 às 15:00:00

“Não estamos falando de qualquer partido, mas do maior partido de esquerda da América Latina, perseguido pela direita justamente por seus méritos”, afirmou Edinho
Segundo debate entre os candidatos à presidência nacional do PT, realizado em 3 de junho em Recife, reuniu Edinho Silva, Romênio Pereira, Rui Falcão e Valter Pomar no Sindicato dos Bancários de Pernambuco. O encontro foi transmitido ao vivo pelas redes do partido, pela Rádio PT e pela TVPT, e contou com a mediação de Natália Sena, integrante da Comissão Executiva Nacional do PT.
Com propostas voltadas ao fortalecimento do partido e à preparação para os desafios do próximo ciclo político, Edinho Silva consolidou-se como uma liderança propositiva e estratégica, destacando a importância histórica do PED 2025 como marco de reconstrução popular e organizativa do PT.
“Não estamos falando de qualquer partido, mas do maior partido de esquerda da América Latina, perseguido pela direita justamente por seus méritos”, afirmou Edinho, ao abrir sua fala com uma defesa contundente do legado petista.
PED mais importante da história
Segundo Edinho, o Processo de Eleição Direta deste ano será o mais importante da trajetória do PT. Para ele, o partido vive uma encruzilhada histórica que exigirá responsabilidade, coragem e capacidade de formulação da nova direção.
“A direção que será eleita agora terá missões decisivas. Terá a responsabilidade de manter o projeto que elegeu Lula três vezes presidente da República, e que colocou as pautas do povo no centro do poder institucional”, destacou.
Edinho defendeu que os dirigentes eleitos devem ir além de discursos agradáveis à militância e focar em diagnósticos reais para construir soluções duradouras:
“Nossos erros e acertos impactam diretamente a vida dos mais pobres e da classe trabalhadora. Não é um jogo retórico.”
Desafios internos e enfrentamento ao fascismo
Em uma fala marcada por sinceridade e firmeza, Edinho reconheceu que o partido tem contradições e deficiências internas que precisam ser enfrentadas com maturidade e visão estratégica.
“Somos formados por seres humanos, não por uma bolha. Temos que enfrentar nossos problemas com responsabilidade”, disse, defendendo mais democracia interna, transparência orçamentária e regularidade no funcionamento das instâncias.
Edinho também alertou para a ascensão do fascismo no Brasil e no mundo, citando experiências recentes na Europa e o 8 de janeiro de 2023 como marcos de uma disputa real e urgente.
“O pensamento fascista não é uma força menor. O que vimos aqui foi uma tentativa de golpe com formulação e organização. Não é um enfrentamento pequeno”, afirmou.
O PT no pós-Lula
Um dos pontos centrais da participação de Edinho no debate foi o alerta sobre o futuro do PT em um cenário pós-Lula. Segundo ele, 2026 marcará a última eleição em que o presidente Lula estará nas urnas como candidato. A missão, portanto, será fortalecer o partido para seguir como protagonista da história brasileira.
“Precisamos construir um PT que saiba disputar os rumos do país mesmo sem Lula na cédula. O sucessor de Lula não será um nome: será o PT”, afirmou, recuperando uma frase do próprio presidente.
Congresso partidário, organização popular e projeto socialista
Edinho encerrou sua fala defendendo a convocação de um grande congresso partidário para reorganizar estratégias e renovar o compromisso do PT com sua base social.
Entre as propostas defendidas estão a ampliação do orçamento participativo interno, o fortalecimento da militância nos territórios e o resgate de uma agenda socialista com foco nas urgências do povo brasileiro.
“Temos que retomar a construção de um projeto nacional socialista, comprometido com a justiça social, com o bem viver e com um Brasil que tenha o povo como prioridade.”
Sobre o PED
O Processo de Eleição Direta do PT (PED) será realizado em todo o país no dia 6 de julho de 2025. Filiadas e filiados irão às urnas para escolher as direções municipais, estaduais e a nova direção nacional do partido.
Edinho Silva é candidato à presidência nacional do PT com o número 180.
Seu compromisso é fortalecer a unidade partidária, renovar as lideranças e preparar o partido para os desafios da próxima década — com o povo no centro e Lula como inspiração.
